Se você planeja se aposentar e é trabalhador autônomo, as regras e o valor da contribuição mudam em relação aos trabalhadores que têm carteira assinada. É normal sentir dificuldades com esse cálculo. E a Cida ajudou o cunhado dela, que está na mesma situação, a conseguir sua aposentadoria.
Se as regras para se aposentar são complicadas para quem tem carteira assinada, imagina para quem é autônomo?
Essa é a situação de muitos trabalhadores que estão planejando suas aposentadorias, e têm medo de não receberem o benefício de acordo com o tanto que trabalharam.
O Brasil tem muitas pessoas nessa situação. Para você ter uma ideia, no ano passado o número de trabalhadores que trabalham sem carteira assinada ou por conta própria foi maior que o daqueles que trabalham com carteira assinada. São 34 milhões de brasileiros nessa situação, dois milhões a mais do que em 2016.
É a primeira vez que isso acontece desde que este cálculo começou a ser feito. Esses dados são do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Entre esses milhões de pessoas está o meu cunhado, Maurício. Assim como meu marido, ele é um guerreiro. Trabalha há anos como eletricista, e dos bons. O dia inteiro subindo escada, tomando choque, mas orgulhoso daquilo que faz e de ter criado meus sobrinhos dando do bom e do melhor.
Ele quer se aposentar e já tem idade para isso. E também se preocupou quando viu que a Reforma da Previdência seria votada na Câmara dos Deputados. A sorte dele é que a Reforma está parada e não deve ser votada esse ano.
O Maurício tinha um monte de dúvidas, e recomendei a ele conversar com o Dr. Thiago Luchin, especialista em Direito Previdenciário, da ABL Advogados.
O doutor atendeu super bem o meu cunhado. Explicou a ele que o autônomo e o profissional liberal têm a possibilidade de adaptar o recolhimento. Com o tempo podem se planejar para buscar uma aposentadoria mais vantajosa.
Trabalhadores autônomos usam o carnê para fazer suas contribuições normais. Há uma tabela no site da Previdência Social, onde constam informações completas e detalhadas sobre cada faixa de contribuição.
Dá para começar a pagar o INSS seguindo quatro passos:
Fazer a inscrição no Programa de Integração Social (PIS),
Escolher o tipo de contribuição,
Preencher a Guia da Previdência Social (GPS)
Pagar esse documento.
A partir da segunda declaração tudo fica mais fácil porque você já decidiu o tipo de contribuição, calculou o valor que vai pagar e tem a inscrição no PIS.
Com todas essas explicações, meu cunhado já conseguiu se planejar e vai escolher o melhor momento para se aposentar, descansar e poder ver o crescimento dos seus netos, e vai ter tempo para curtir a pescaria e o futebol que ele tanto gosta.