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INSS corta auxílio-doença de 15% dos paulistanos

O número de auxílios-doença concedidos pela Previdência Social na Capital, caiu 15% em 2017, em relação ao ano anterior. Se em 2016 foram 134,7 mil benefícios concedidos, no ano passado foram 115,6 mil. No Estado, também houve uma diminuição, mas de 11% (de 604,9 mil para 538,7 mil no mesmo período).

Já o número de indeferimentos (negativas) caiu de 120,9 mil para 106,4 mil, ou seja, uma queda de 12%, na Capital. Para o advogado João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados e especialista no assunto, os números mostram que há uma dificuldade maior em conseguir o auxílio-doença no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Há peritos que são muito criteriosos, mas outros colocam muitos empecilhos no caminho de quem pretende conseguir o benefício”, explicou.

O auxílio-doença é oferecido a pessoas que tenham sofrido acidente do trabalho. Isso ocorre quando uma doença é contraída pelo serviço à empresa, que reduz ou acaba com a capacidade para o trabalho.

O professor de Direito Trabalhista do Mackenzie Claudinor Barbiero explicou que uma doença como depressão também pode render benefício de auxílio-doença. “É uma moléstia que pode ser causada pelo serviço, dependendo da função. É difícil, porque é bastante subjetivo, mas atividades que tenham mais uso de intelecto têm mais possibilidade de causar doenças desse tipo”, disse.

Idoso foi recusado duas vezes na perícia

Com problemas de diabetes e no coração, Walter Faroni, 67, foi um dos que tiveram o auxílio-doença negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Nós passamos duas vezes na perícia e o benefício foi recusado. Preciso comprar remédios para ele, só o meu salário não dá para sustentar. Agora ele está com bicos de papagaio [osteofitose] e terá que fazer exames e tomar remédios também. A situação está complicada”, confidenciou Marcia Maria Pereira Faroni, mulher de Walter.

Feridas pelo corpo não são suficientes

A vendedora Daniele Andrade reclamou que há 15 anos tenta aposentar seu pai, Assis de Andrade, por doença. O corpo dele sofre com várias feridas. “Ele não tem condições de trabalhar assim. Se fica muito tempo em pé ou sentado, os machucados incham e doem. Nem o auxílio doença a gente conseguiu”, lamentou.

24/04/2018 – Fonte Jornal Metrô News – Veja na integra
Imagem Pixabay

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